segunda-feira, 22 de março de 2010

Eu tenho a sorte de um amor tranqüilo.


Nariz, boca e barba que eu amo, cheiro que penetra na minha pele e me deixa com saudade o dia inteiro. Ombros que me abraçam perfeitamente. Mãos que me excitam. Papos agradáveis, sendo descontraídos ou não. Alerta vermelho, sinal de perigo. Contraí a doença da paixonite aguda, que deixa a gente babaca com sorriso bobo na cara, mesmo quando estou andando sozinha na rua, e desta vez, estou perdendo o medo, estou vivendo sem remédios. Sem rejeitar a doença, apenas me adaptando a nova forma de viver.

Se tudo o que estou vivendo for verdade, se daqui há um tempo ninguém me acordar com um beliscão dizendo – “Ei, acorda! É sonho!”. Eu tenho a sorte de um amor tranqüilo, finalmente. Será que é verdade? Nem eu acredito que ele sabe que quando estou com medo é para me abraçar, me confortando sem fazer perguntas. Ele retribui minha preocupação com ele. Ele cuida de mim e me dá carinho ao mesmo tempo em que quase me mata de tanto tesão. Será que descobri o segredo do sucesso dos relacionamentos? Um amigo perfeito que também te satisfaça sexualmente? O bom humor em que a gente vive, mesmo disfarçado de mau humor, que ocorre apenas nas manhãzinhas em que já acordamos com saudade? Ele não tem medo de demonstrar suas fragilidades, que pra mim são pormenores. Ele também sabe quais são as minhas e não as usa como armas contra mim.

Esse fim de semana foi mais um destes em que ficamos tristes no final, porque terminou, mas felizes, pensando no próximo e já entrando em contagem regressiva, para que chegue o próximo. Tivemos dias de conversas fúteis, onde dávamos gargalhadas de nossas próprias derrotas e deslizes, e também tivemos dias em que os papos foram mais profundos e intensos. Em todos os momentos percebi e constatei que o homem que está comigo é tão admirável que cheguei a ficar orgulhosa. Ele observa, ele sente, ele fica indignado, ele quer ajudar, ele se preocupa com a família biológica e a família que vai conhecendo pelo mundo. Eu como boa aquariana, que me preocupo com a humanidade, fico feliz vendo uma pessoa que sente tudo isso de verdade, uma raridade hoje em dia. E além de ficar feliz por esta pessoa existi, saber que este é o homem que eu amo, e que a cada dia está me deixando mais feliz, retribuindo em gestos, atitudes e palavras. Torço para que este entusiasmo e vontade nunca passem, pois parece que estou vivendo um sonho e não quero acordar.

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