sexta-feira, 30 de abril de 2010

Jogo do amor


Teoria da conspiração, jogo do contra, falta de parceria, desentendimento, insultos, falta de afeto. Nada disso combina com meu par. Meu par joga frescobol, onde as regras consistem em jogar para que eu também acerte e não para que eu erre. É assim que eu jogarei com ele também, para que ele acerte, porque se um dos dois deixar a bola cair, os dois perdem o jogo. Essa teoria é velha e todos deveriam saber, mas às vezes precisamos relembrar.

Fim!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Nós e eles


“Você pra mim foi o sol de uma noite sem fim”...hahaha! Não é isso, isso é brega, a gente reprime o brega, não curte mel, repudia juras de amor e muito menos, trocadilhos que envolvam sentimentos e natureza que são sempre tão clichês, para exemplificar o que sentimos.
Eu e ela gostamos, sentimos e.... amamos? Ui! Isso é forte, mas vai lá, a gente também ama. Temos carcaças perfeitas que atraem por tamanha beleza e mistério, que no fundo, nos protegem. Precisamos de proteção, mas não queremos que ninguém, além de nós mesmas, nos proteja, queremos ser donas de tudo, fazer nossa própria proteção. A gente se afasta das pessoas que são eternamente frustradas, daquelas que depositam todos os seus sonhos num único objetivo. Vamos nos afastar delas para que não nos contagiem com suas vidas melancólicas. Vamos vestir vestidos bonitos e saltos altos, usar jóias e todo tipo de acessórios brilhantes, mas não vamos usar a cor da moda se esta não cair bem. Vamos usar os termos que seduzem. Seduzimos por puro prazer e vaidade. Já nos enchemos de tudo que queríamos, e agora vamos para a casa, felizes e satisfeitas. Nós nos alimentamos apenas disso. Todos já foram atraídos, conquistados, este objetivo já foi e nos preparamos para o próximo.
Eu e ela sairemos novamente, diremos “nãos”, observaremos pessoas patéticas, curtiremos a noite como a maioria das pessoas não entende, continuaremos sendo o alvo. Eles olham, admiram, ficam inquietos, desconcertados, tentam entender e até explicar, tentam se aproximar, tocar, seduzir também, mas o nosso brilho intimida. Apenas os patéticos mais ousados se aproximam, mas coitados, se afastam rapidamente quando percebem que não entendem, e é apenas por isso, que foram atraídos.
O que as pessoas não sabem é que eu e ela amamos com egoísmo, amamos nós mesmas, com interesses, é claro. Buscamos a felicidade, que não é a mesma que eles buscam, é apenas a nossa felicidade, que já foi sentida num instante, naquele em que chegamos.
Vocês podem ir lá para seus refúgios, corram para falar besteiras com quem podem trocar indecências e falar qualquer coisa inútil. Nós continuaremos aqui.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

The E.N.D. – A energia nunca acaba



Hoje estou como eu realmente gosto de ser.

Ontem eu acordei boazinha e o mundo conspirou contra mim. Me ligaram logo cedo pra brigar, depois muito trabalho num escritório, as pessoas paravam na minha frente na rua pra impedir minha passagem, a caixa do supermercado colocava lentamente as coisas nas sacolas, e não era por cuidado, pois se fosse, ela não misturaria gelados com pães. Então só poderia ser pura sacanagem mesmo, sadismo, vontade de me sacanear. E desta forma, todas as pessoas do mundo se organizaram num complô contra mim, e resolveram me irritar ontem, só porque eu acordei bem.

A noite fui pra casa, estava cansada e faminta, tive medo até de tomar banho, ois poderia escorregar na banheira, esbarrar na tomada e morrer eletrocutada. Minha energia foi esgotada e deixada aos poucos, num canto e no outro da cidade, onde tudo dava errado e todos maquinavam contra mim. Mas eu sempre tenho um final feliz, pra desespero de muita gente, que curte um roteiro dramático com final trágico. Me desculpem, mas é o que acontece comigo. Eu também curto um final trágico nos filmes, é sempre mais interessante, mas na vida real, definitivamente, não. Então aos quarenta e cinco do segundo tempo, vieram as boas novas sobre trabalho, família e outras coisas que mostravam bons presságios para o futuro. Por fim, fizeram o convite, eu aceitei, saí, bebi, comemorei, dormi e mais nada de ruim aconteceu comigo. E foi assim que terminou o dia que começou mal, mas terminou bem. Coisa chata de se ler, não é? Legal mesmo é contar tragédias. Muito mais atraente.

Hoje, não acordei boazinha, to de olhos bem abertos pras pessoas na rua, apesar da cabeça estar doendo e a luz do sol incomodando. Ninguém parou na minha frente ainda.
Tive grandes idéias, planos extraordinários, e é assim que eu realmente gosto de mim, dosada, nem boa, nem ruim, hoje eu tô no ponto, pedirei licença e andarei rápido.

Link Apocalypse Now Intro (The Doors - The End)- http://www.youtube.com/watch?v=1b26BD5KjH0

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Filho feio também deveria ter pai.


Gostaria de ver o dia em que as pessoas assumissem suas cagadas. É o famoso ditado que diz – filho feio não tem pai. Engraçado que na hora de fazer as merdas ninguém tem vergonha de nada, mas depois na hora de dizer – “Sim, fui eu que fiz. O filho é meu!”, muito curioso que nesta hora surge a vergonha que não surgiu no momento de realizar a cagada. Pregar a hipocrisia e os bons costumes por aí é o que gostam de fazer. Enchem a boca pra falar de suas virtudes e só assumem qualquer defeito se o defeito também puder ser transformado em virtude. É! Porque hoje em dia tem defeito que está na moda, e estes, todo mundo gosta de assumir.
Como eu sempre tento tirar proveito de todas as situações, concluí que ter oportunidade de identificar estas pessoas também está me ajudando a fazer o meu processo de seleção natural da espécie entre o meu pequeno e seleto círculo de amizades, ou seja, pude perceber que algumas pessoas eram mentirosas, falsas e/ou de caráter duvidoso e esta é a parte boa, ter a opção de me afastar e evoluir, seguindo a teoria de Darwin, sem culpa nem dó de ninguém, pois na teoria da evolução, as novas gerações serão novas raças melhores, e as que não se adaptam, realmente não precisam mais existir, e no meu caso significa, não fazerem mais parte da minha vida.
Cada vez mais eu acredito menos na humanidade e cada vez mais valorizo meus verdadeiros amigos. Todos eles erram, pois vivem. Vivendo a gente erra mesmo, impossível evitar, mas dignidade para assumir e conviver com as conseqüências é raríssimo, e eu acredito que meus verdadeiros amigos tenham esta qualidade.
Uma dica – Se você tiver um filho feio, não o deixe solto por ai, ele pode cair no colo de qualquer um por engano. Assuma o seu filho e cale a boca dos críticos, pois nem eles tem moral para falar de você, e talvez, muito menos eles.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O dia




Pela manhã com o cliente:
- cliente: preciso de um Audi, mas só tenho dinheiro para fusca, dá pra fazer?
- eu: . . .
- eu: vou ver o que consigo e te retorno, ok?
- cliente: ok, mas é urgente!
EU FIQUEI: irritada.

Pela tarde com a amiga:
- amiga: hoje é quarta, vamos nos encontrar para conversar?
- eu: vamos.
- amiga: programa não alcoólico?
- eu: sim, perfeito. não vamos à academia e vamos comer? :-)
- amiga: topo. e depois um vinho na minha casa?
- eu: topo
EU FIQUEI: bem.

Pela noite com o namorado:
- namorado: já ta bebinha?
- eu: me diz se você fez isso.
- namorado: não. acredita em mim?
- eu: sim. qual é a outra opção?
EU FIQUEI: com sono.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Batatinha frita ou sauté?


Eu não sou perfeita, porque perfeição não existe, apenas por isso. A minha imperfeição consiste em indisciplina, falta de jeito, que seja para caminhar sem tropeços, literalmente ou para esbarrar na bandeja do garçom. E quando o inesperado acontece, quando alguém gosta desse meu jeito, eu também não aceito que me aceitem assim. Tento piorar o que sou, ou começar a agir corretamente para ver se a pessoa que aceita meus defeitos, seria capaz de tolerar também as minhas virtudes. Certinha e controladinha, eu também posso ser.
Amigo que é amigo não te julga, te aceita. Namorado que é namorado, tem que ser amigo, não pode te julgar e tem que te aceitar, mas se o cara conseguir tudo isso, eu desalinho.
Batata frita é o aperitivo mais divertido, é a preferência nacional, combina com chope e até as crianças gostam, pode não participar do seu dia-a-dia, mas uma vez ou outra cai bem.
Batata sauté acompanha comidas, não são servidas como aperitivos, mas geralmente acompanham um prato que a maioria também gosta, o strogonoff.
Tem dias que saio para beber, mas tem dias que saio para comer. Tem dias que o espelho me canta, tem dias que ele me rejeita. Tem dias que o garçom cumprimenta, tem dias que eu não cumprimento. Tem dias que quero ser como a batata frita, a mais popular e facinha nas mesas, tem dias que quero ser batata sauté, nos restaurantes mais finos e requintados, sendo comida por quem não sabe o valor do prato. Pra quem me entender todos os dias, posso servir de petisco ou refeição principal, e ficando tão gostosinha, eu desalinho outra vez.