segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Duas saladas e a conta, por favor!


Estava dominada pelo sentimento que eu assumo que tenho, que é ruim, que me envergonho de ter, mas que confesso, às vezes, ele domina a minha cabecinha. Então fui almoçar sozinha e tentar focar no prato, no caminho, no sol que perturbava a minha vista e o meu corpo.

No restaurante de comidas naturais, freqüentado por pessoas atarefadas que utilizam a hora do almoço para demonstrar saúde apesar de vestirem terno, por japoneses que lidam com aquela comida com mais naturalidade do que nós e por velhinhos preocupados com o colesterol, mas eu também adoro aquele restaurante,  não pela dieta, mas pelo paladar de comida da vovó.  Escolhi as saladas e o peixe, procurei um lugar pra sentar e já entrei de mau humor, pois afinal, era um restaurante em hora de almoço, e quando estamos sozinhos, as pessoas carentes de atenção podem utilizar a bela desculpa de que o lugar está lotado e sentar ao seu lado. Tinha uma mesa de dois lugares vazia, entrei e logo um moço veio e retirou a bandeja que sobrava no lugar à minha frente, enquanto este levava a bandeja, outro guardou o mesmo lugar com um suco, pegou seu prato e voltou rápido. O que uma aquariana justiceira como eu normalmente faria? “Moço, o rapaz ali retirou a bandeja primeiro para que ele pudesse sentar”. Mas não, eu estava de saco cheio até de mim, não queria ter que falar, muito menos explicar, então fingi que não vi e fiquei me sentindo uma igual a todos no mundo que assistem injustiça e não fazem nada. Mas enfim, também não era pra dramatizar, era apenas um lugar pra comer. Só fiquei pensando que agora eu teria que almoçar com uma pessoa que eu não conheço sentada de frente pra mim. Comi olhando pra comida, percebi que trouxeram um strudel de maçã de sobremesa para o moço que sentava a frente então fiquei intrigada com duas coisas que não fariam a menor diferença na minha vida, mas que no momento, como tudo me incomodava, aquilo pesou. Em primeiro, se ele já estava na sobremesa, significa que trocou de mesa depois da refeição principal e em segundo, eu  amo a droga daquele strudel de maçã daquele restaurante, mas saio de lá todos os dias sem comer, me sentindo vitoriosa por ter resistido e o cara vem comer bem na minha frente, num dia em que estou muito prestes a chutar o pau da barraca? Eu sei, eu sei que isso parece uma revolta de patricinha, daquelas que vivem pensando em dieta e em como cuidar do corpo e quando querem extravasar, elas comem um bombom. Não, não sou assim, eu como chocolates, bolos, bebo cervejas, como churrascos, mas faço isso geralmente dois dias por semana e tento reservar os outros dias para uma alimentação mais saudável, mas na verdade eu também gosto de comer coisas saudáveis, portanto,  não é nenhum sacrifício para mim, mas naquele dia, quinta-feira, véspera da perdição alcoólica, eu estava prestes a descumprir o trato comigo mesma juntando as pessoas que me irritavam na rua, com o meu estado de humor. Quando o moço levantou da mesa, o rapaz da outra mesa ficou tentando pescar olhares e levantou na mesma hora que levantei pra pagar a conta, o que me fez voltar pra mesa e não querer mais pensar em nada que não fosse ter um prazer imediato, não medir conseqüências e demonstrar minha revolta para o mundo, pedindo à garçonete o meu strudel de maçã. 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

É FÁCIL AJUDAR



Amigos,

No fim do ano passado, eu já havia feito uma limpa no meu armário, mas resolvi fazer outra agora, porque a gente sempre acha uma roupa que está guardada há séculos e que a gente não joga fora achando que um dia vai usar, mas acaba nunca usando.  

Esta é uma boa oportunidade pra gente parar e pensar que existem pessoas que realmente precisam de uma roupa pra vestir, então podemos treinar o desapego, ser solidários e ainda deixar nossos armários com mais espaço!

Além de roupas, também é importante doar alimentos (de pronto consumo, é importante ressaltar), utensílios de higiene, de limpeza, remédios, calçados, roupas de cama e banho, enfim, o que puder.

Minha prima fará um trabalho voluntário nesta quarta-feira, dia 19/01, indo na casa das pessoas para buscar as doações, e quinta-feira, ela irá até Teresópolis levar as doações.

Se quiserem entrar em contato com ela - mari.unirio@gmail.com e 7894-6109.

Vamos ajudar! Assim é fácil, nem dá pra dar aquela desculpa de que não teve tempo!