segunda-feira, 10 de maio de 2010

Fora do castelo


Tenho esperado as quintas pra ele aparecer de blusa branca. Tenho feito planos, tenho sido bem mulherzinha nos meus sonhos. Outro dia até pensei em colocar mais gente no mundo, acredita? E esta nova gente não viveria no castelo do conto de fadas que idealizei, então percebam que devaneio estúpido eu tive. Mais gente correndo risco de sofrer aqui fora do castelo. Pois é, eu sempre tive certeza que paixão emburrecia, por isso, parei logo de pensar no assunto e continuarei adiando este papo pra que ele fique mais sério apenas daqui a muitos anos!
Os planos continuam e os objetivos vão se adequando ao que a vida me deu até agora e ao que consegui absorver dela.
Justiça? Depende de cada olhar.
Medo? Pode ser bom.
Ousadia? Fundamental.
Futuro? Esta palavra traz um pouco de medo. Sim, medo. Não tenho medo de ter medo. Tenho medo de não ter medo e medo de que as minhas tentativas sejam injustiçadas, porém, continuarei ousando, porque nunca consegui nada de outra forma.
Você pode nascer como uma linda flor, mas o vento vai ressecando suas camadas externas, e se você não buscar ar, sol e alimentos, você murcha. E a gente pode até fazer parte do mesmo jardim, mas se as nossas raízes não se entrelaçarem, não conseguiremos nos tocar. Faremos um arco-íris de cores na paisagem juntos com as outras flores, mas voltaremos a ser unidades quando ninguém estiver olhando.
Está tudo misturado, uma pitadinha de racionalidade, muitas de amor e um turbilhão de esperança. Eu, por enquanto, vou tentando fazer com que as doses de realidade sejam um pouco menores, para que não atrapalhem os meus sonhos, nem intimidem minha ousadia.

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